Médium do Colégio Sacerdotal da Ordem de Melquesedeque
Filosofia Cósmica do Poder Divino Integralizado
Aprendemos que a religião existe para trazer felicidade.
Deus nos criou e nos colocou no mundo e fez isso por puro
amor, portanto quer a nossa felicidade. Ele nos deu a vida plena, com todos os
órgãos do corpo funcionando perfeitamente e um incrível mecanismo mental,
sofisticado, com um desenvolvimento evolutivo físico, igual para a maioria das criaturas.
Padronizou o corpo físico, os cérebros, não só dos seres humanos, mas de todos
os seres criados em suas raças e espécies. Criou o mecanismo da reprodução, e a
força Angélica, nos semeou no processo evolutivo, junto com o nosso anjo da
guarda, para aprendermos a sentir todas as sensações e vivermos plenamente
todos os reinos da natureza dentro do nosso próprio corpo, que carrega no seu
interior, elementos naturais, como fósforo, ferro, cálcio, etc. O corpo humano já foi dissecado por
cientistas antigos e modernos, fotografado e computadorizado, sendo objeto de
estudo e dedicação de cientistas, tentando descobrir “algo mais”, além do que
já sabem e do que não admitem.
Deus não pode ser responsabilizado pelos erros das pessoas,
como causador do sofrimento, da injustiça e da dor, como se não tomasse
conhecimento pelos caminhos que os seres procuraram para sobreviver. Existem
pessoas que não acreditam no livre arbítrio, dizendo que somos conduzidos pela
massa social, pelas leis sociais, pelas religiões e sistemas filosóficos, e que
não temos condições de abrir mão da vida na sociedade em que vivemos. Isto não
tem nada a ver com o livre arbítrio.
Neste exato momento que você está lendo este artigo, se
resolver se levantar e fazer aquilo que lhe der na cabeça, você o fará. O campo
de desejo é pessoal e intransferível, independente da sua organização social. Tudo
na vida depende da escolha que você faz. A decisão e a escolha são suas. A
forma como você vai dirigir a sua vida é que tem muito a ver como você se
comporta (se ao dirigir seu carro, você andar na faixa certa, respeitar os
sinais, as placas de velocidade, dirigir com atenção, não será multado e terá
muito mais possibilidades de chegar ao seu destino em paz, do que se sair por
aí dirigindo como um maluco ou embriagado por algum tóxico ingerido ou aspirado).
A nossa vida depende do caminho que tomamos, dos aconselhamentos que ouvimos
quando jovens, das escolhas que fazemos e do modo como escolhemos para viver.
“Amar a Deus sobre todas as coisas". Respeitar a
família, dar atenção as pessoas que nos procuram, ser atento e atencioso com
todos, principalmente no trabalho, respeitando o espaço e a individualidade dos
outros, é um aconselhamento que deve ser seguido, porque é muito valioso e vale
uma boa reflexão.
O cuidado na comunicação é muito importante, principalmente
dentro da família. O respeito deve começar dentro de casa. Se você tem esta
consciência, cresça com essa noção de responsabilidade e carinho, assim, você terá
conseguido dar um grande passo em relação à felicidade pessoal, sem precisar de
religião nenhuma.
Se a religião entrar em sua vida, para atemorizá-lo e isso
lhe causar problemas, não terá nenhum sentido e utilidade para você. Se a
religião que seus pais lhe ensinaram, apresentar dúvidas para salvação de sua
alma, pense mil vezes antes de optar por ela. Se eles insistirem, você poderá
dizer sinceramente: - “Sabe de uma coisa, até aqui eu acreditei na sua
religião, em tudo que você me ensinou, mas não vejo mais muita lógica, os
conceitos são obscuros, misteriosos, não torna nada claro e na realidade até
hoje não me explicou nada, a não ser me chamar de pecador, pecador, pecador”.
Nunca vire ateu porque sua religião não lhe dá explicações
necessárias. Se você quiser permanecer nela, estude profundamente sua teologia
para aceita-la no seu coração ou então procure outra. “Tudo que teu coração e
tua razão não aceita, não aceites".
Eu cometi este erro. Passei anos da minha vida vagando no
espaço religioso em busca das minhas inquirições, por conta de uma discussão
com um padre quando tinha 14 anos, dentro de um confessionário, pelo absurdo
doutrinário que ouvi e que não vou nem comentar. Quando completei 18 anos,
resolvi fazer um curso de teologia de dois anos, mas só aguentei seis meses.
Mesmo com pouca idade, eu tinha plena convicção que aquele padre não estava no
caminho certo.... Quando fui para a faculdade, costumava matar aulas para ler a
suma teológica de Santo Thomas de Aquino e tentar não me sentir um peixe
completamente fora d´água.
Tenho absoluta convicção, de que se tivesse tido explicações
lógicas e satisfatórias, não teria desenvolvido minha profissão na área da
música e do direito, e com certeza, teria optado pela vida sacerdotal. Tentei
de todas as formas me reconciliar com a minha religião de origem “Católica
Apostólica Romana”, mas foi impossível.
A teologia escolástica e clerical, nunca esteve afinada com
meu ouvido musical absoluto. Seus dogmas não são fáceis de
"digerir". Depois que você
estuda um pouco, e aprende a pensar, você entra num profundo descrédito e
decepção. Como conseguiram permanecer no erro até hoje? (Considero um fato heroico).
Será realmente que nunca perceberam?
Respeito profundamente a vocação sacerdotal. Uma criatura
que opta pelo caminho sacerdotal abandonando os bens materiais e renunciando a
vida sexual, inteiramente voltado às orações, se tornando útil a sociedade em
que vive, arregaçando as mangas e trabalhando duramente, na construção de uma
obra sincera, com amor desmedido pela criatura humana descomedidamente, é um
ser digno do maior apreço de todos, pois independentemente da teologia que ele
defende e professa, merece o nosso respeito pelo trabalho, dedicação e amor ao
próximo.
O verdadeiro sacerdote da Ordem de Melquisedec, dentro ou
fora de qualquer igreja, seja ela de qualquer natureza, é um idealista.
Acredita na vida, em Deus, na família, em qualquer proposta séria que sirva
para melhorar o caminho das pessoas, procurando andar de cabeça erguida como
ser humano e profissional.
O sacerdócio não existe somente nas igrejas. Um artista
dedicado, um cientista dedicado, um pai de família responsável e dedicado,
todos são sacerdotes. Quem vive aquilo que faz, respirando sua profissão, com
dignidade, honestidade e respeito, já nasceu batizado. Se quiser conferir, em
qualquer religião, recebendo um segundo batismo não terá nada a perder.
É como reconhecer uma assinatura que já existe em qualquer
cartório, pois na nossa visão espiritual, esse espírito já foi batizado
milhares de vezes. Todos nós acertamos e erramos, errar é humano, reconhecer o
erro é que é difícil.
O ser humano é muito vaidoso, se acha grande demais para
pedir desculpas. Normalmente, é só sua razão e sua tese que devem prevalecer. A
humildade vem com o amadurecimento e com o conhecimento da vida. Se todos
fossem perfeitos, não estaríamos num planeta “de expiação e dor” e agora “regeneração”,
como dizem os espíritas.
Procure uma religião que lhe dê respostas claras e objetivas
para suas questões, que lhe ensine a criar e construir a sua felicidade alegre
e confiante. A opção por religiões que exigem rituais para salvar sua alma,
deve ficar sob observação. Se seus pais já tomaram as decisões por você, quando
ainda era criança, e te batizaram nesta ou naquela religião, cumpriram a parte
deles como educadores religiosos, e com certeza, foi o melhor que puderam lhe
dar, na visão deles.
Em alguns casos, os pais também podem errar, mas sempre querem
o melhor para seus filhos. Eles têm uma alta capacidade de perdão. Quando são
atacados perdoam de coração, sofrem calados, procuram entender os “espasmos da
juventude" e continuam orando para encontrarem o seu erro, normalmente reconhecendo
a atitude que possa ter provocado tanta agressividade. Podem ou não, mudar o
procedimento e o comportamento, e os que não reconhecem, continuam errando
involuntariamente e não estão nem aí.
Os pais dificilmente podem errar. Os filhos não gostam de
pais que erram. É muito mais difícil para os filhos perdoarem os pais, do que o
contrário, mesmo quando eles estão errados, geralmente se mantêm arrogantes e
não reconhecem suas falhas. Os pais precisam ter muita fé, amor e paciência.
Quando Jesus estava na cruz, ofegante, conseguiu dizer: “Pai
perdoai, porque eles não sabem o que fazem”. Quem não passou por isto? Vocês já
pensaram o que acontece com os pais mais velhos, indo a um culto religioso,
depois de passarem uma vida inteira lutando, e ouvirem um pregador bradar
forte: - “Cuidado com o demônio, ele está atrás de você, pague o seu dizimo! ”...
Se esses mesmos pais, resolvessem mudar de culto religioso, poderiam ouvir: - “Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa,
portanto peço e rogo, etc.” ou: - “Confessem
seus pecados, se não sua alma será condenada ao fogo do inferno”...
Os líderes religiosos, não fazem distinção nestas interlocuções,
se quem está presente é uma senhora de 90 anos, um senhor de 70, ou se entre
eles, existem crianças ou jovens inteligentes, promissores, cheios de vida,
alegres e que jamais tenham cometido erros graves. É muito constrangedor, olhar
para a sua mãe, ao seu lado, reconhecendo toda a sua lisura e honestidade e
vê-la inocentemente dizer segurando o terço, com a maior fé do mundo: - “Minha
culpa, minha culpa, minha máxima culpa”. (Meu Deus do céu! Onde estamos, culpa do que?
De ter nascido, de ter gerado filhos e se sacrificado por eles?). Deus disse: -
Crescei-vos e multiplicai-vos. Onde está o pecado?
Apesar de ter estudado quarenta anos, e ter lido não sei
quantos livros, até hoje, não consegui entender e sentir essa história de
pecado original. O que é pecado original? Você sabe? Então me explique e me
convença. "Quando o padre me perguntou quais eram os meus pecados aos 14
anos, eu respondi sinceramente que não sabia, e lhe perguntei: o que o senhor
quer dizer com pecado?"
Papai também teve uma vivência parecida com o padre: - “Senhor
padre, toda minha vida lutei, trabalhei, criei, eduquei meus filhos, me
dediquei inteiramente a família. Hoje estão realizados, são famosos, felizes,
nunca matei, nunca roubei, como professor, ensinei muita gente de graça
preparando-os para concursos. Onde pequei? Nunca bebi, mas gostava de um filé
mignon e fumava meu cigarrinho. Comer
carne e fumar um cigarrinho é pecado? O senhor gosta de um filé? Já fumou? Quando
disse isto, o padre o benzeu e olhou profundamente em seus olhos, apertou sua
mão, com os olhos marejados, deu a comunhão, fez a sua prece e se
retirou".
Existem muitas questões ocultas na religião para serem
esclarecidas. Depois de quinze dias meu pai faleceu. Eu costumava ir na missa
todos os domingos e comungar (Sou um religioso nato). Escapei de ser padre por
pouco, porque se tivesse enveredado pelo sacerdócio, com certeza teria
provocado muita confusão, criado muitos problemas para bispos e cardeais, só
por conta da anematização dos ensinamentos de Orígenes.
Fui criado dentro da religião Católica Apostólica Romana.
Sou devoto de São Judas Tadeu e frequento sua igreja no Jabaquara, em São Paulo,
há trinta e cinco anos. Foi na igreja de São Judas, que cumpri todas as minhas
obrigações com a Ordem de Melquesedeque, a quem sirvo há quatro décadas, como
médium, sem interrupção.
Quando estou assistindo a missa, costumo sonhar como seria, se
ao invés deles orarem pela ressurreição da carne, orassem ressurreição do CORPO
ESPIRITUAL, e deixassem a carne quieta no túmulo em estado de putrefação. Que
bom se estas pessoas que manifestam uma fé maravilhosa, acreditassem na
transmigração da alma e na comunicação dos espíritos.
É uma pena que o V Concilio de Constantinopla II, anematizou o
ensinamento de Orígenes, expurgando da doutrina cristã, os ensinamentos dos
padres neoplatonistas como Plotino, Orígenes e Clementes de Alexandria. Na
época, em 553 d.C., o imperador Romano Justiniano I, convocou o concílio irregularmente,
com o apoio de um sínodo de bispos manobrados politicamente e sem o
consentimento do Papa Virgílio que foi injustamente encarcerado.
Não seria possível nos tempos de hoje, a Congregação para
Doutrina da Fé desconsiderar essa decisão, para que o cristianismo pudesse desenvolver
um projeto futuro em direção a vontade de Jesus, a fim de que houvesse um só
rebanho e um só pastor?
A igreja com sua força e quantidade de adeptos, poderia
convocar um concilio ou um sínodo com os representantes de todas as religiões
cristãs protestantes e ortodoxos e debaterem este assunto até chegarem a um
consenso.
Com certeza esta decisão traria para a igreja uma corrente
Holística de pensamento e resolveria inúmeras questões filosóficas. Esvaziaria
o materialismo e daria um sentido mais lógico para justiça divina, integrando a
reencarnação do espírito como um processo salvacionista e integracionista,
colocando os seres vivos como parte energética do processo evolutivo dentro da
sociedade, do planeta e do universo, que conforme já foi provado
cientificamente, vive em constante expansão.
Com o propósito de colaborar, transcrevo abaixo, o texto da
anematização em Latim, já que estamos revendo as tradições antigas. O Papa
Francisco bem que poderia entrar para a história como “o Papa Reformador”.
Queremos colaborar.
"SI QUIS DICIT,
AUT SENTIT PROEXISTERE HOMINUM ANIMAS, UTPOTE QUAE ANTEA MENTESFUERINT ET
SANCTAE, SATIETATEMQUE CEPISSE DIVINAE CONTEMPLATIONIS, E IN DETERIUS CONVERSAS
ESSES; ATQUE IDEIRCO APOFIXESTAI ID EST REFRIGISSE A DEI CHARITATE, ET IND
FIXAS GRAECE, ID EST, ANIMAS ESSE NUNCUPATAS, DEMISSAQUE ESSE IN CORPORA
SUPLICII CAUSA: ANATHEMA"
TRADUÇÃO:
"SE ALGUEM DIZ
OU SUSTENTA QUE AS ALMAS HUMANAS PREEXISTIRAM NA CONDIÇÃO DE INTELIGÊNCIAS E DE
SANTOS PODERES; QUE, TENDO SE ENOJADO DA CONTEMPLAÇÃO DIVINA, TENDO SE
CORROMPIDO E, ATRAVES DISSO, TENDO SE ARREFECIDO NO AMOR A DEUS, ELAS FORAM,
POR ESTA RAZÃO CHAMADAS DE ALMAS E, PARA SEU CASTIGO, MERGULHADAS EM CORPOS,
QUE ELE SEJA ANATEMATIZADO"
Anexos estamos
passando uma bibliografia que pode ser consultada sobre transmigração da alma
para quem quiser se aprofundar.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.
ANDRADE, H.G. Você e
a reencarnação. Bauru-SP: CEAC, 2002
ANDRADE, J. O
espiritismo e as igrejas reformadas, Salvador: SEDA, 1997.
BOEHNER, P. E
GILSON, E. História da filosofia Cristã. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
CAJAZEIRAS, F.
Elementos de teologia espirita, Capivari SP: EME, 2002.
CHAVES, J. R. A
reencarnação na biblia e na ciência, SP: EBM, 2006.
DENIS, L.
Cristianismo e Espiritismo, RJ: FEB,1987
O problema
do Ser, do destino e da dor, RJ: FEB, 1989.
KERSTEN, H. Jesus
viveu na Índia, SP: Bester Seller, 1988.
MELLO, F. G.
Reencontro Cristão: reflexões para o cristianismo do terceiro milênio, RJ:
DP&A, 1997.
PROPHET, E. C.
Reencarnação - o elo perdido do cristianismo, RJ: NOVA ERA, 1999.
REALE, G E ANTISERI,
D. História da filosofia, vol I, SP: PAULUS, 1990.
RUSSEL, E. W,
Reencarnação - O mistério do Homem, RJ: ARTENOVA, 1972.
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