– (Julho 1984)
Existe dentro de cada criatura,
uma força superior cuja natureza se estende a épocas remotíssimas. A criação de
Deus, levou em consideração a época adequada, para que a criação iniciasse a
caminhada no rumo a sua liberalização como centro irradiante de força.
Os poderes existiam no homem
pré-histórico, em condições de serem manifestados. A manifestação, estava
diretamente ligada à capacidade de desenvolvimento mental e do conhecimento
espiritual. O homem pré-histórico necessitava de dois agentes poderosos para
desenvolver a sua capacidade: raciocínio e consequentemente a sua própria
capacidade de integração.
É claro que não era possível ao
homem pré-histórico nenhum entendimento sobre as leis de integração. O que acontecia,
é que ele se sentia levado pela curiosidade em função de qualquer objeto que
fugisse ao seu conhecimento diário. Não
tinha condições de identificar a natureza do objeto, nem o analisar, por
absoluta ignorância. O significado de qualquer objeto, estava diretamente
ligado às suas características próprias. Só conhecia e percebia o que utilizava
para si. A necessidade em melhorar e se adaptar ao meio em que vivia foi a
determinante para a alteração no comportamento humano. Raciocinando apenas em
função das necessidades imediatas e primordiais, nada além disso. Agiam por
puro instinto de conservação da espécie. Procuravam casa em lugar que os
livrassem da chuva, do frio, do calor e que os resguardassem do ataque de
animais que eles combatiam por necessidade de sobrevivência. O homem não
cultuava nada nessa época, portanto, a raça estava a abrir os olhos para o que
estava ocorrendo ao redor de si.
No início dos tempos, as raças
eram de condições físicas inferiores ao atual estado de condensação energética
em que estamos. Os sentidos ainda estavam se manifestando. Para ouvir,
inclinavam levemente a cabeça para o lado, porque necessitavam captar o som em
circunstâncias especiais, quase que como descobrindo o fluxo sonoro por
intuição, se comportando segundo as forças, que individualmente agiam sobre
ele. A visão era míope, de péssima qualidade. Não havia exercitado a visão.
Enxergava pouco além do limite de cem metros e se curvava sobre a cabeça para
poder ouvir os ruídos e os sons que a própria mãe natureza emitia. Não tinham
qualquer noção de valores e apegos com os semelhantes ou quem estava ao seu
lado. Os parceiros, desde que não se tropeçassem, não haveriam de sofrer nenhum
revés.
Esta raça de homens primitivos,
pouco ou nada acrescentou ao conhecimento. As tribos se sustentavam da caça, da
pesca e dos alimentos que experimentavam. Se o alimento o agradasse, ele seria
utilizado, se não agradasse, seria deixado de lado. Esta raça permaneceu no
planeta durante milênios e só conseguiu se manifestar quando a fala começou a
se desenvolver.
Eles se reproduziam através do
ato sexual primitivo. Se acasalavam em qualquer lugar e por instinto. Quando
sentiam necessidade, acasalavam-se e as procriações obedeciam aos períodos estelares,
influência predominante até os dias de hoje, onde os partos estão sob
influência dos astros, que determinam a tendência de ordem do nascido.
Estes homens eram nascidos
segundo o seu Logus solar recebendo a influência de atração das forças
conjuntas, que fazem com que a matéria cósmica em corrente, se desloque para o
assemelhado, fazendo com que ele se fixe e se comporte de acordo com a
tendência dos planos que são numerados pelos pares equivalentes, ou seja, por
forças que se equivalem na constituição dos homólogos, que são as correntes
intercomunicantes de campo que mantém o equilíbrio dos seres.
As forças cósmicas de atração
conjunta, foram estabelecendo as diferenças de composição cósmica. Esta
composição cósmica foi determinando os vários graus de temperamento e
tendências naturais de cada ser nascido sob a influência de determinada
configuração astral. Estes seres, foram recebendo gradativamente as dosagens
cósmicas proporcionais ao campo magnético de atração correspondente,
identificando estas forças, através de uma configuração de ordem metafísica. A
metafísica em formação, determinou a construção de um campo de formação
heterogênea, na composição cósmica dos seres, que está interligada, com as
forças de ação conjunta, que age na composição biológica dos seres.
A integração de cada ser, é
proporcional ao seu grau de captação energética, que é proporcional a sua
integração como ser espiritual. A humanidade primitiva não tinha o seu sentido
em condições de captar estas forças, por estarem vivendo num estado de
consciência naturalmente inferior, devido a falta de condições do aparelho
humano em desenvolvimento. Recebia do cosmos a sua orientação, de acordo com a
conjunção astral das forças que regiam os seus sentidos.
As forças de atração conjunta, ou
forças homólogas que compõe a graduação dos seres, é que determinavam a
intuição e o caminho que os guiavam, permitindo que sobrevivessem aos
cataclismos de um planeta em formação, onde as rochas, em determinadas partes, ainda
não estavam em condições de se cristalizarem, permanecendo limbosas e se
desprendendo feito algas. Estes seres eram conduzidos pela atração da conjunção
de forças, que agiam sobre eles, de acordo com os períodos de nascença,
formando verdadeiras famílias de seres que se sentiam naturalmente simpáticos e
atraídos uns aos outros pela conjunção planetária que melhor os favorecesse.
Eles foram se interligando e
acasalando, sem obedecer esta lei natural da atração dos homólogos, pois não
sabiam que deveriam obedecer quaisquer princípios de acasalamento. Formaram povos
e se fortaleceram através da troca de informações naturais, segundo as
tendências cíclicas e as variações do sistema solar.
A cada alteração do sistema solar
e a cada cataclismo ocorrido, se uniam para reconstituírem as suas conquistas
em busca de melhores condições de sobrevivência. Esta raça viveu até meados da
era paleolítica, em precárias condições de auto sustentação. A alimentação era
basicamente carnívora. Matavam sem piedade para o seu sustento, até os da
própria espécie. Estes seres se constituíram basicamente na raça humana, que
inicialmente, não obedecia a regras de comportamento, sem noção de higiene ou percepção
extra-sensorial. Eram os “Nascidos da terra. ” A noção espiritual não existia
como condição de Ser em evolução consciente. Apenas se reproduziam e se
consumiam até a morte.
A energia (ou forma energética espiritual)
que se transferia de um corpo morto, para um novo corpo, através do processo
hoje denominado reencarnatório, não havia adquirido lucidez dos valores. Não
distinguia o real do irreal, o valor relativo do valor real. Era simbiose.
Reencarnavam quase que imediatamente após a morte física, para manterem o
processo evolutivo da espécie no planeta.
Esta simbiose, se estruturou da
melhor maneira possível, na convivência, na proporcionalidade de campo.
A utilização das forças naturais
de entendimento, deveria ser depositada no homem. Era necessário que ele
deixasse este estado de manifestação inconsciente e que a humanidade se
organizasse, pois, os humanos tinham um caminho cósmico a percorrer, como todo
ser divino, que como tal, necessita estar equilibrado, para poder se manifestar
em toda a sua plenitude cósmica.
No passado, quando os humanos aprenderam
a pensar e conseguiram vislumbrar no céu a primeira estrela, pensaram que
aquilo poderia se desprender e cair sobre a sua cabeça. O pensamento
embrionário é o de autodefesa, uma necessidade primária por uma questão de
sobrevivência. Viviam sobressaltados, devido as constantes tempestades
motivadas pela densa atmosfera existente na época.
A natureza humana também optou,
como uma determinante natural, pelo caminho evolucionista. A força deveria evoluir, e para tal, seria
necessário raciocinar para criar. O raciocínio levou o cérebro a se desenvolver
através da observação comparativa e da necessidade em se posicionar diante dos
fatos vividos. Voltando ao início dos tempos, a caverna primitiva dos
ancestrais, já não satisfazia mais as suas necessidades, eles precisavam de um espaço
maior, pois as grutas não lhe davam condições de sentir as forças da natureza
ou perceberem além da visão elementar.
A necessidade de aperfeiçoamento
ocular, bem como de emissão sonora e auditiva, com o tempo, aumentou a passagem
de ar pelo aparelho fonador, e com isso, foram se formando fibras, que se fortaleceram
e participaram da emissão do som, que em princípio, era de qualidade inferior,
como um grunhido rouco e perpendicular. A sua situação, não lhe permitia ir
além daquilo que ele mesmo conseguia produzir para si.
A evolução ficou melhor definida,
quando a existência humana entrou no período paleolítico e as organizações já
mostravam algum aperfeiçoamento. As verdadeiras tendências naturais estavam se
aflorando e a raça humana começou a se comportar segundo as forças que agiam
sobre ela. Estas forças se consolidavam a partir do momento em que os veículos
de expressão iam se aperfeiçoando. Em cada
novo corpo que renascia, a luz divina agia sobre ele, aprimorando suas
condições de percepção, fazendo com que as forças espirituais que estavam
dentro dele, em estado latente, começassem a se manifestar.
A manifestação da força divina
exigia uma melhor condição de campo, essencial para que a esta força, se
manifestasse. Ela habita interiormente em todos os seres, que possuem dentro de
si, condições naturais de campo, para que suas forças espirituais possam atuar,
despertadas através da consciência.
O despertar da consciência
possibilita a expansão da força interior em sua manifestação de campo. A
manifestação de campo permite uma melhor expressão do Ser, a fim de que o mesmo
se situe melhor dentro do plano de evolução, adquirindo assim uma maior
lucidez, ampliando a sua condição pessoal. Quando o Ser é encaminhado com
lucidez, sintoniza as suas forças interiores de conhecimento e estes campos
superiores de conhecimento, clareiam as suas visões interiormente.
O conjunto de manifestação
consciente, é o estado de lucidez em que se encontra o Ser, diante de um
determinado fato submetido a sua avaliação. Esta avaliação pode ser teórica ou
prática. O Ser pratica o ato, violando a avaliação, segundo as suas próprias
regras interiores, e neste caso, consideramos como violação da avaliação de
ordem prática, ou seja, o Ser analisa os quadros, avalia e não viola, agindo
por hesitação teórica e não por atitudes práticas. Neste caso, cabe ao Ser, definir o seu grau
interior de compromisso. O homem é possuidor de toda consciência e todo
universo como Ser potencial. Ele apenas necessita vivencia-lo, e esta vivência,
requer a discussão. A polemização é um ato de amor próprio. Cria um comportamento,
estabelece uma regra, e quando esta regra é estabelecida dentro de bases
sólidas, ela intensifica o nível de comunicação entre os seres, e faz com que a
força vibracional passe a agir de acordo com o pensamento de massa.
MANIFESTAÇÃO DAS RELIGIÕES
As religiões professadas, tiveram
sua origem em vários fatores: étnicos de raças, históricos, endógenos ou
exógenos. Com o passar dos anos, as religiões foram se integrando ao processo
de desenvolvimento do ser humano, passando a atuar sobre o mesmo processo.
O homem pré-histórico, não tinha
religião, pois não sentia dentro de si a expansão da força divina. Ele não
raciocinava sobre os problemas que determinado ato poderia gerar, em função da
análise interior do fato pela consciência. Ele agia por necessidade de
sobrevivência e de preenchimento dos sentidos. A partir do momento em que ele
foi sentindo dentro de seu ser o desprendimento da força divina, começou a
sentir os efeitos decorrentes desta manifestação superior, que se mostrava de
acordo com as possibilidades do veículo, que neste caso, era o próprio corpo,
através de seus órgãos e de suas faculdades de expressão.
Conforme esta força foi
aumentando, a sua capacidade de ação, através do aperfeiçoamento do veículo de
expressão corporal, fez com que o homem fosse adquirindo uma maior consciência
e lucidez sobre os fatores externos e internos que determinavam sua atuação num
campo de evolução, sem quase nenhuma condição no princípio da sua evolução,
além de uma vaga ideia sobre o estado exterior do seu campo de origem. O seu
estado de origem era completamente desconhecido por ele próprio. Era necessário
que o homem adquirisse a sua independência de manifestação exterior, pois não
havia condições de modular, segundo a sua capacidade de discernimento.
Esta sucinta exposição, teve como
objetivo, demonstrar o esforço que a natureza divina, exerceu para possibilitar
ao ser humano, descobrir o seu próprio caminho e seguir em frente no seu
processo de autoconhecimento. Essa força interior, foi determinante para o
aumento gradativo do potencial energético do espírito, na busca do seu
crescimento, através da alma, sempre presente no processo evolutivo, passando
por constantes transformações, afim de buscar sua espiritualização, experiência
e conhecimento, com o objetivo de potencializar o espírito. Desde a Pré história,
os humanos sempre buscaram encontrar o seu caminho.
Mentor: D' Adyan
Ordem Espiritual Crística
Filosofia Cósmica do Poder Divino Integralizado
www.cristiciismo.com.br
www.filosoficacristiciista.com.br
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