"Tudo o que a tua razão e o teu coração não aceitam, não aceites."
O importante em toda orientação
que nos é ministrada na vida, é o sentido lógico que a mensagem deve trazer, e
o sentido objetivo dentro do ensino a ser ministrado. Não podemos nos vergar
às verdades que nos são impostas, sem primeiro analisá-las e meditá-las, sobre
o seu verdadeiro postulado de fé, sem antes crermos nas razões pelas quais estão
sendo expostas. Os ensinamentos de toda a natureza, só têm um real valor,
quando nos chegam com argumentos sólidos, com propostas objetivas de orientação
segura, calcada na experiência, na vivência, no entendimento superior, que nos
chega através da pesquisa, da dedicação e da busca incessante. Não vivemos mais
na fase da opressão psicológica, onde éramos obrigados a deglutir “verdades”
distorcidas. Estamos na era da procura da verdade objetiva, aquela que não é
imposta como a única saída para a sobrevivência espiritual do ser humano, nem
do ser espiritual.
O espírito que tem dentro de si a
semente do amor, da fraternidade e do conhecimento, sabe que não é obrigado a
acreditar naquilo que não está de acordo com a sua razão e com o seu
entendimento. A época agora é de esclarecimentos, de objetividade. O que
necessitamos para o nosso progresso interior, é mais integração, acreditar num
caminho espiritual, que nos sustente com os esclarecimentos e informações
precisas, para que possamos enfrentar com amor e humildade, os irmãos que ainda
não tiveram a oportunidade de receber uma orientação melhor conduzida e
preparada. Não devemos impor os nossos pontos de vista a ninguém, e sim,
expô-los e defendê-los dentro de nossa capacidade de discernimento e
compreensão.
De nada adiantaria distorcer
conceitos, pois esbarraríamos em obstáculos instransponíveis que nos obrigariam
a fazer mais distorções para conterem os argumentos necessários a sua própria
sustentação. O nosso dever, é pesquisar a fundo as questões com dedicação e com
vontade de acertar. É claro que quando somos chamados a executar uma tarefa
espiritual, temos a nosso favor a ajuda dos irmãos superiores, interessados em
contribuir para maior aperfeiçoamento de todos os seres que vivem sob o mesmo
teto planetário.
A nossa missão é ajudar os nossos
irmãos encarnados, informando objetivamente, dentro das possibilidades, sobre o
processo divino de criação superior, e para tanto, necessitamos também do amor
e compreensão de todos os irmãos desencarnados, que através da sua dedicação e
sensibilidade, nos ajudarão nesta árdua tarefa, de levar até os seres
encarnados, nossas lições espirituais. Como seres espirituais, não podemos
impor a nossa verdade. Expomos a nossa posição diante dos fatos da vida
material e espiritual, analisando e buscando o caminho, com dedicação à
verdade. Os irmãos encarnados também têm, a sua parcela de responsabilidade no
engajamento da luta, sendo produto da ansiedade de cada um, em se libertar,
crescer, e ser útil a cada um dos seus semelhantes. A nossa posição, quando
encaminhamos o nosso trabalho, corresponde à nossa visão espiritual, segundo
também ao nosso merecimento. Ninguém recebe do plano espiritual, mais do que
aquilo a que tem direito. Ninguém dá mais daquilo que pode e recebe mais do que
doou. A vida espiritual é uma vida de merecimento.
A nossa informação sobre o plano espiritual, é também proporcional, a
nossa própria condição de Ser em evolução. O Ser espiritual, não é dono da
verdade absoluta por viver no plano espiritual. Muito embora esteja vivendo um
outro estágio de energia, luta e anseia por um lugar no plano da evolução, de
acordo com sua capacidade de integração e de merecimento espiritual. No plano
espiritual também estudamos e analisamos nossas lições.
Em nossas lições espirituais,
aprendemos também, através da pesquisa e do trabalho consciente. O plano
espiritual, nos coloca em condições de estudarmos nos grandes centros de
sabedoria universal, a que temos acesso, segundo o nosso grau de evolução e a
nossa possibilidade vibratória. Estes centros de estudos e pesquisas, nos
permitem ir ao encontro das forças superiores, que agem sobre todo o campo de
conhecimento superior. Este conhecimento superior, está nos grandes compêndios
de sabedoria, e temos que ir a seu encontro pelo desejo que temos em aprender e
buscar.
Assim como no plano terrestre, os
livros que ensinam as artes e as ciências do conhecimento, estão ao alcance de
todos os seres encarnados, no plano espiritual, compêndios de conhecimentos
espirituais, estão a disposição dos espíritos desencarnados, aguardando o
interesse na procura do aperfeiçoamento e da própria paz.
Nos conhecimentos divinos,
transmitidos espiritualmente para este trabalho, tivemos condições de lhes
transmitirem as explicações necessárias ao entendimento, buscamos assim tornar
as meditações compreensíveis do ponto de vista prático, com o aproveitamento
mais imediato. Em função do conhecimento explicado, o ouvinte estará apto a
compreender e a se integrar com o plano divino, tornando possível um melhor
aproveitamento para todo o trabalho ou missão espiritual que se propuser a
executar em prol do seu semelhante.
A nossa missão, como seres
espirituais, é dotar os irmãos encarnados, de condições para estabilizarem o
seu ritmo vibratório, sintonizando-os com os campos superiores de conhecimento.
O conhecimento divino do plano da criação, dotou os seus mestres espirituais,
de mensagens, que deverão ser transmitidas por orações, através da meditação
dirigida ao campo de força divino. Estas orações, deverão conferir aos seres
humanos, condições mentais de integração, para que possam através dessa
mentalização, estabelecer o seu fluxo de correspondência com a força divina,
cuja ação, terá condições de gerar uma força proporcional à evolução espiritual
do mediante. A oração, agora, tem o objetivo de proporcionar ao Ser, a sua
condição de consciência. A consciência é o ato pelo qual ele se ajusta com o
seu interior a todos os princípios da lei universal. Isso só será possível, se
a oração estiver de acordo com os fundamentos e princípios universais de evolução, a fim de que
exista a necessária transformação da oração (dita em palavras ou mentalmente),
em ondas de força, capazes de transformar essas emissões em ondas de integração
e ativação do campo energético ao qual se destina, através da sincronização dos
pensamentos de regiões do campo de força elevado.
O Cristiciísmo ensina que na
oração “Pai Nosso”, o Cristo deu os princípios básicos de sincronização, para
que qualquer outra oração pudesse nascer, desde que estivesse em acordo com
todos os princípios estabelecidos no evangelho de integração cósmica do ser
humano, deixados através dos pensamentos escritos pelos apóstolos. Toda
informação de Cristo, está repleta de força renovadora. O evangelho, deixado
por ele, tem como objetivo, integrar o homem as forças superiores e salvá-lo,
através da vivência evangélica, dentro dos postulados de integração dessa
vivência, de acordo com as suas possibilidades primárias de entendimento e
sentimento.
As possibilidades primárias de
entendimento, deverão ser compreendidas como evolucionistas, aonde cada um poderá
sentir e agir dentro de uma verdade evangélica cristã, de acordo com o seu
impulso inicial de entendimento. O termo primário, deve ser sentido e entendido
como movimento inicial de ação integralizadora com a força evangélica. A
parábola do Semeador, por exemplo, será entendida por cada um dos seres,
segundo a sua sensibilidade integralizadora do conhecimento ali exposto. Não só
a oração “Pai Nosso” incluso no corpo do Evangelho, mas todo o evangelho, está impregnado
da força de Cristo. Ela não só salva, como também integra o Ser na força
superior.
Para que o rendimento seja de
dupla ação: salvadora e integralizadora, é necessário que todos os seus preceitos
sejam sentidos e interpretados como força de ação conjunta. Salvando a criatura,
o evangelho permite a integração num ato simultâneo, caso este ensinamento
evangélico, estiver sendo interpretado de forma correta, sem distorções de
adaptações em função deste ou daquele interesse, seja religioso, filosófico,
teológico, ou de qualquer seita. A interpretação correta do evangelho Cristão,
é de suma importância para o entrosamento do Ser com a força superior. Os
campos superiores de conhecimento, estão impregnados de registros importantes,
à espera de um ser humano, que retire deste campo superior, o conhecimento
necessário à sua evolução espiritual. A evolução do ser humano está diretamente
ligada à sua própria capacidade em se sentir apto a entrar na faixa de
oferecimento, e retirar dos campos superiores, os conhecimentos necessários ao
seu avanço espiritual. Este avanço, vem através do trabalho, da pesquisa e do
amadurecimento, conquistados através da meditação que gera o encaminhamento.
O encaminhamento lúcido e correto,
leva à descoberta e a ação da sua força interior autorizada pelo mestre Jesus
Cristo, pois ele disse: “Se tiverdes fé, podereis dizer a este monte, mova-se,
e ele se moverá, ou ao vento, cale-se, e ele se calará”. A fé pressupõe um conhecimento
de apoio.
A fé acomodada é afirmada através
dos postulados sancionados pela interpretação dogmática recusa qualquer outra
interpretação, que possa demonstrar a eficácia de um outro pensamento, por isso,
retarda o processo de integração do ser humano, pois não permite que ele
raciocine por si próprio. Mesmo assim, todo ensinamento é valido, pois ninguém
seria sábio, se os seus conhecimentos não tivessem sido alicerçados numa
sabedoria anterior. O sábio sempre estudou algo, antes daquilo em que o tornou
sábio. Se um ilustre cientista desenvolve um teorema, é porque ele já tinha
noções de cálculo que lhe foram ministradas anteriormente como básicas e
fundamentais. Por esta razão, a negação do direito de debate é a involução no
campo da conscientização. Daí o grande erro de dogmatizar qualquer ensinamento.
Sem pretender ofender qualquer culto religioso, tememos que muitos cristãos
estão seguindo interpretações dogmatizadas, pois algumas, já deveriam ter sido reexaminadas,
a fim de que o pensamento religioso não se cristalize. Os cristãos estão sendo
colocados numa condição de absoluta inferioridade interpretativa, porque simplesmente não seguiram à risca o pensamento da verdadeira igreja cristã, saída
das catacumbas, da perseguição, onde muitos morreram guardando a essência da
verdade religiosa, e com isso, mantiveram ainda a chama do verdadeiro
cristianismo. O que temos hoje, é um cristianismo apologético, distorcendo os
textos bíblicos para adaptá-los a teses filosóficas pessoais, de pensadores
cristãos dogmatizadores do passado, mais preocupados com a sua ascensão
filosófica e honrarias pessoais, do que com a verdadeira essência do pensamento
cristão.
Por isso, dissemos no início, que
“Tudo o que a tua razão e o teu coração não aceitam, não aceites”. Em seguida,
colocamos nosso pensamento sobre o “Pai Nosso”, que informamos ser de dupla
ação: de salvação e de integração. Não condenamos as religiões de salvação,
pois todos as seitas que nasceram inspiradas nos evangelhos cristãos, tem força
de salvação e aqui não entramos no mérito de outras seitas que tem outros
mestres inspiradores; estamos tratando no momento, unicamente, da religião
cristã.
O simples fato de crer em Cristo,
e nas palavras do mestre, dará ao Ser, a luz necessária à sua salvação; mas, o
ensinamento que ainda está incompleto, no que se refere à sua interpretação na
parte relativa a integração, tira do Ser esta grande força, pois não o
conscientiza disso.
Alguns cristãos, católicos,
protestantes e demais crentes não conhecem a interpretação bíblica
evolucionista, sobre a integração com a força crística, que ao invés de esperar
que o mestre atenda seus pedidos, possam mover a força divina e agir sobre a
matéria, como ele agia. Este comportamento do cristão nunca foi proibido pelo
mestre. Ele deu aos Apóstolos o poder de curar, e eles curaram. O poder dado
aos Apóstolos, não pode ser absolutamente entendido como poder dado a uma casta
sacerdotal ou a alguma hierarquia eclesiástica apostólica, ou qualquer outra
denominação em qualquer seita que tenha o evangelho de Cristo como guia. Cada
chefe de família, pode orar em casa com seus familiares e amigos, dar graças,
partir o pão e celebrar o ato que diz o Evangelho: “Fazei isto em memória de
mim”.
O ato crístico tem como objetivo,
manter a chama cristã viva no lar. É preciso que os cristãos vivam as suas
prerrogativas de cristãos em qualquer lugar e não somente nos templos. O corpo
é o templo, como ensina São Paulo nos “Atos”, e como ensinou Jesus: “... Destruam
este templo e eu o levantarei em três dias...”. O “templo” a que Jesus se
referia era o seu próprio corpo espiritual (que depois de morto, ressuscitou em espírito no 3º dia). O
cristianismo precisa ser examinado como mensagem e não como um manual de
informações apologética a serviço da interpretação pessoal e dogmática. Quem
criou o dogma, não foi Cristo e nem os apóstolos, foi o pensamento escolástico
e clerical. Cabe a eles promoverem a revisão, se quiserem colocar a religião
cristã no seu ritmo de integração de grau absoluto para todos os fiéis, caso
contrário, para esta parte dos ensinamentos que iremos abordar, se tornará viável
a uma categoria especial de seres, que creem nos verdadeiros postulados
cristãos de amor, fé e conhecimento. O cristianismo na sua integralidade, precisa
ser mostrado, não apenas nos conceitos de amor e fé, mas também de
conhecimento, pois o conhecimento do processo crístico de integração superior,
libertará o ser humano, colocando-o novamente em sintonia com as esferas
vibracionais superiores, proporcionando o seu real estado de integração
energética, em grau de equivalência, isto é, o cristianismo nasceu, não só como
uma religião de amor e de fé, mas também, como uma religião de conhecimento.
Quando Jesus Cristo deu aos
Apóstolos a notícia: “Elias já veio”, demonstrou conhecer a lei evolutiva, independente da interpretação que a teologia escolástica e clerical faz. Sobre a lei evolutiva, os próprios cristãos, através de orientadores
encarnados, com a ajuda dos irmãos superiores, ajudaram a formular uma
bibliografia em defesa da tese cristã evolutiva. O irmão espírita tem toda uma
obra monumental a ser consultada sobre a matéria de fácil compreensão e com um
entendimento claro e acessível. A obra reencarnatória elaborada por Kardec,
incomodou, e ainda incomoda as interpretações bíblicas e cabalísticas que não creem
na evolução do espírito. Como nossa missão é transmitir o ensinamento que nos
foi confiado, deixaremos de comentar os textos bíblicos de reencarnação, até
porque já existe um farto material de posse dos irmãos encarnados, que não
existia nos tempos da inquisição, quando apenas concepções veladas das
filosofias espiritualistas orientais, eram temerosamente divulgadas no mundo
cristão.
Mentor: D' Adyan
Ordem Espiritual Crística
Filosofia Cósmica do Poder Divino Integralizado
www.cristiciismo.com.br
www.filosoficacristiciista.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por deixar seu comentário.