No cenário atual, somos testemunhas de um conflito de dimensões épicas que assola o mundo. A ação dos líderes mundiais, na defesa de suas prerrogativas de chefes de estado, tem conduzido suas nações a um confronto sem precedentes, onde irmãos, muitas vezes provenientes da mesma nação, e compartilhando religiões semelhantes que pregam filosofias humanistas, se veem envolvidos em um turbilhão de desentendimentos. Neste turbilhão, a fé, que deveria ser um farol de esperança, tem sido utilizada como escudo para perpetrar atrocidades de toda ordem.
Tanto os povos do Oriente quanto os do Ocidente têm-se armado com poderosas armas de destruição em massa, alimentando um ciclo de violência que parece não ter fim à vista. As batalhas, travadas em nome de ideologias políticas e religiosas, deixam marcas indeléveis na história da humanidade.
Apesar dos esforços espirituais para conter o ímpeto belicoso dos líderes de estado, a tarefa se mostra árdua. Alguns desses líderes, "eleitos democraticamente", revelam-se, na prática, como ditadores impiedosos, camuflados sob o manto da legitimidade popular.
Quando, indagamos, terão fim tais ações guerreiras? Será que representam um resgate cármico global, determinado pelas forças espirituais responsáveis pela evolução humana? Aos que creem na realidade do carma, surge a interrogação: estarão as partes envolvidas sendo julgadas por leis divinas? Será tudo um desdobramento cármico de raças?
Em tempos turbulentos como estes, ecoam as palavras sábias de Einstein: "Deus não joga dados com o mundo". É momento de a humanidade se reeducar espiritualmente e refletir profundamente sobre esse cenário. As crenças limitantes representam obstáculos à evolução espiritual, desviando-nos do caminho da harmonia e da compreensão mútua.
O Cristiciísmo, em sua essência, define Deus como a "Força Concentrada dos Elementos de Grau". Nessa visão, Deus é concebido como o grande Criador de todas as coisas, de todos os seres animados e inanimados, e da própria natureza. Não o interpretamos como um ser pessoal, julgador ou punitivo, responsável pelas catástrofes que assolam o mundo.
Para nós, essa força divina reside dentro de cada um de nós, aguardando ser descoberta e compreendida. Não se trata de um Deus moldado pela imaginação humana, mas sim da expressão da verdade individual, conforme as crenças pessoais e teológicas de cada um.
Neste momento crítico, é imperativo que nos voltemos para dentro, em busca da essência divina que habita em nós. Devemos, como indivíduos e como coletividade, cultivar a paz interior e a compaixão, reconhecendo a interconexão de todas as formas de vida neste planeta.
Que os orientadores espirituais da humanidade se debrucem sobre suas filosofias e revisem seus ensinamentos. A dogmatização excessiva não é o caminho para a evolução espiritual; ao contrário, é necessário abrir espaço para uma interpretação profunda e verdadeira das leis divinas, que nos conduza à luz da compreensão e da fraternidade universal.
Em tempos de turbulência, que possamos encontrar a serenidade no cerne de nossa fé e a coragem para agir em prol da paz e da harmonia entre todos os povos e nações. Que possamos, juntos, construir um mundo onde o amor e a compaixão sejam as forças motrizes, e onde a busca pela verdade superior nos guie rumo a um futuro mais justo e equitativo para todos os seres humanos.